A variedade de cana não muda, o que muda é o ambiente

Hoje, a variedade de cana-de-açúcar mais plantada e mais cultivada no Brasil, é a RB 867515, que foi desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, a segunda, é uma variedade SP desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e a terceira é outra variedade RB. “No último censo, que estamos acabando de concluir, das 10 variedades mais plantadas no Brasil, sete são RB, o que demonstra o trabalho das Universidades Federais no desenvolvimento dessas variedades de cana”, diiz o professor Hermann Paulo Hoffmann, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da UFSCar – Universidade Federal de São Carlos – que como a Federal de Viçosa integra a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa) que conta com cerca de 190 pesquisadores trabalham diretamente com a commodity.

Segundo Hoffman, as exigências vão mudando à medida que muda o ambiente. “Geneticamente, a variedade não muda. Se pegarmos uma variedade cultivada há 40 anos, e a compararmos hoje, veremos que é a mesma, no entanto, o ambiente mudou. Nos últimos anos tivemos aumento de colheita mecanizada, eliminação da queima, aumento de palha, maior incidência de pragas. Mudou também as doenças, como a ferrugem alaranjada. Então, à medida que vai mudando o ambiente, a variedade fica inviável de ser cultivada e vai sendo substituída por outra variedade mais adaptada a esse novo ambiente”, explica o professor.

 Para saber quais as variedades de cana que melhor se adaptam aos diferentes ambientes e assim garantir ganhos de produtividade, os profissionais do setor sucroenergéticos não podem perder a 5ª edição do Grande Encontro Sobre Variedades de Cana de Açúcar, realizada pelo Grupo IDEA nos dias 21 e 22 de setembro de 2011 no Centro de Cana do IAC em Ribeirão Preto.

Mais informações www.ideaonline.com.br. Inscrições pelo site e pelo telefone (016) 3211-4770.

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