Evento do Grupo IDEA divulgou experiências e tecnologias que podem ajudar o setor a melhorar o desempenho na área financeira a partir do aumento da produtividade
O passo a passo para superar obstáculos e realizar uma gestão eficiente de processos de produção foi detalhado e discutido ao longo do16º Produtividade & Redução de Custos da Agroindústria Canavieira, realizado em Ribeirão Preto, SP, nos dias 06 e 07 de dezembro. O evento, idealizado pelo Grupo IDEA, reuniu cerca de 280 pessoas, entre produtores de cana, profissionais de usinas, pesquisadores, consultores e executivos de empresas ligadas ao segmento.
Segundo o diretor do Grupo IDEA, Dib Nunes Jr., nenhum outro setor da economia nacional é tão persistente quanto o canavieiro. Ele ressalta que o segmento já passou por muita coisa, mas que ainda está de pé, na luta, resistindo a chuvas e trovoadas. “Sobrevivemos ao congelamento de preços de combustíveis por quase seis longos anos. Fomos discriminados com o estímulo do consumo da gasolina e com a retirada de carga tributária deste combustível.”
Dib frisa que o Brasil nunca tratou o etanol como deveria. “Na Europa, os biocombustíveis têm prioridade. Aqui é apenas mais um. Nunca adotaram um imposto ambiental sobre combustíveis poluentes. O setor tem sugerido a CIDE, mas a proposta tem sido constantemente rejeitada.”
De acordo com ele, essa “discriminação” tem feito com que a produção de etanol se estagnasse e os preços do açúcar despencassem. “Este fato forçou o fechamento de mais de 90 usinas. Endividou o setor e levou cerca de 80 empresas a decretar recuperação judicial.”
Entretanto, embora tenha passado por um período turbulento, Dib ressalta que o setor continua grande. O que é a mais pura verdade. Em 2016, foram produzidos 650 milhões de toneladas de cana em todo o país, o que resultou em 27 bilhões de litros de etanol e cerca de 37 milhões de toneladas de açúcar.
Para o diretor do Grupo IDEA, isso demonstra a força do segmento como fomentador da economia nacional. “Estamos saindo da crise mais fortes do que nunca. Mas, para deixarmos de lado esse período negro da nossa história, precisamos de políticas públicas de apoio ao etanol e tecnologias que permitam aumento de produtividade com redução dos custos. Esse, aliás, foi o foco do evento. Foram dois dias em que conferimos avanços, analisamos perspectivas, estimulamos o desenvolvimento do setor e buscamos novos caminhos para melhorar nossa competitividade.”
Safras, mercados e economia
Os mercados de etanol e açúcar e a atual conjuntura do setor foram assuntos amplamente debatidos ao longo dos dois dias de evento. O gerente de economia e análise setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Luciano Rodrigues, através da palestra “O RenovaBio e as perspectivas sobre o futuro do etanol”, fez uma rápida recapitulação das mudanças institucionais e comerciais que ocorreram em 2016 e 2017.
Segundo ele, nos últimos dois anos, houve uma melhora na receita da indústria em função de uma condição mais adequada do mercado internacional de açúcar e de uma mudança no mercado de combustíveis – com destaque para a nova política de precificação da Petrobrás, que começou a vincular o preço da gasolina nas cotações internacionais do petróleo. “Foram dois anos de preços mais remuneradores.”
De acordo com Rodrigues, a característica negativa desses dois anos é que estamos ainda “engatinhando em produtividade, em função de todos os anos de crise que inviabilizaram a realização de manejos adequados e renovação de canaviais”.
Para o futuro do etanol, o gerente de economia e análise setorial da Unica afirma que a grande mudança é a discussão do RenovaBio, projeto de lei que foi aprovado recentemente na Câmara dos Deputados. “Foi um passo fundamental para que tenhamos um desenho de médio a longo prazo para os biocombustíveis no Brasil.”
Ele explicou que o RenovaBio estabelece três elementos fundamentais para a indústria de biocombustíveis no país. O primeiro é a definição de metas de descarbonização, o que estabelece uma diretriz clara do que se espera dos biocombustíveis para os próximos anos, o que é “fundamental para direcionar investimentos”.
O segundo elemento, segundo Rodrigues, é o reconhecimento do papel dos biocombustíveis como elemento de descarbonização. Através do CBIO, os benefícios ambientais associados aos biocombustíveis poderão ser valorados.
Por fim, o terceiro elemento é um mecanismo de indução de eficiência, que estabelece uma remuneração diferenciada em função da eficiência ambiental e energética de cada combustível. “Dessa forma, um bicombustível mais eficiente na redução de emissões terá um reconhecimento maior do que aquele que é menos, o que estimulará a busca por ganhos de eficiência ambientais e econômicos.”
Já Eduardo Costa Carvalho, da Sucden, falou sobre o mercado do açúcar e o que pode acontecer a ele face às grandes intempéries climáticas no mundo. As análises apresentadas mostram que o consumo está sob ameaça em função dos preços de 2016 e das políticas públicas contra o açúcar. “Já é possível notar uma desaceleração no aumento do consumo na Índia, China e União Europeia devido à forte competição com o HFCS.”
De acordo com Carvalho, a produção tem aumentado na maioria dos grandes produtores em 2017/18, como Índia, União Europeia e Brasil – já considerando uma possível quebra da safra e ajuste no mix devido à paridade – e também no Paquistão, China, Tailândia, Austrália e Argentina. “O superávit para 17/18 é estimado em 4,5 milhões de toneladas.”
O mercado de etanol foi tema da palestra de Tarcilo Rodrigues, da Bioagência, que abriu sua apresentação afirmando que o mercado do biocombustível não começou o ano de forma positiva. O motivo foi a pressão para fazer caixa por parte das usinas. Ele explica que os preços de gasolina ainda não haviam entrado na nova política da Petrobrás. Mas, quando a companhia começou a aplicar os preços internacionais e houve um rearranjo tributário, que aumentou a competitividade do etanol na bomba, o biocombustível foi beneficiado. “Começamos mal e estamos terminando o ano muito bem.”
Para 2018, as perspectivas são positivas, porém, de acordo com Rodrigues, é preciso superar algumas barreiras, como o entendimento do real papel do RenovaBio. “Temos que fazer um trabalho de comunicação muito forte para que seja transmitida uma informação efetiva sobre o que é o RenovaBio, que não é um programa de subsídio ou de intervenção, mas de mercado, que visa ajustar dois tipos de commodities diferentes.”
Um balanço sobre a safra canavieira foi apresentado pelo gerente de marketing do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Luiz Antônio Dias Paes, Segundo ele, a moagem deve fechar em 590 milhões de toneladas. Com relação à produtividade, esta deverá ser inferior aos valores registrados no ciclo passado. “Fatores como a falta de cana bisada – que sozinha tirou 2,2 TCH dos canaviais-, baixo índice de renovação (12,7%) e uma maior idade média dos canaviais contribuíram para a diminuição da produtividade.
Por fim, a SUCROTEC, através de Francisco Oscar Louro Fernandes, falou sobre a evolução dos custos de produção na safra atual comparada com os últimos ciclos. Segundo ele, foi observado que, devido à queda dos preços, principalmente do açúcar em 2017, houve uma redução nos custos de produção, principalmente na cana de fornecedor e arrendamentos.
Entretanto, outros custos tiveram elevação. A cana própria ficou cerca de 8% mais cara do que no ano passado, principalmente por conta da queda no rendimento agrícola. Já o custo industrial registrou aumento de 5%. “Na média geral, houve redução de 2% no custo de produção total por produto – saco de açúcar ou litro de etanol.”
Ações e alternativas para que o setor se recupere e melhore seus resultados
Logo no início do segundo dia do evento, a analista de marketing do CTC, Natália Calori, abordou a evolução e ganhos financeiros proporcionados pelas variedades de cana-de-açúcar. Durante sua apresentação, ela tentou explicar os motivos do baixo crescimento de produtividade da cultura da cana (10%) nos últimos 35 anos quando comparado a outros cultivos, como a beterraba da União Europeia (103%) e o milho dos Estados Unidos (87%).
De acordo com ela, melhoramento genético, ambientes mais produtivos e adoção de diferentes técnicas de manejo foram os responsáveis pelo aumento de produtividade naquelas culturas. “Na cana, a curva histórica de produtividade cresceu, principalmente, em função do melhoramento genético – adoção de variedades mais modernas e produtivas – e caiu devido à expansão para solos mais restritivos, adoção da mecanização da colheita e envelhecimento dos canaviais. Este é o real motivo que levou a produtividade da cana a acrescer apenas 10% desde 1980.”
Em seguida, Pedro Mizutani, vice-presidente de relações externas e estratégia da Raízen e presidente do conselho deliberativo da Unica, falou sobre a nova realidade do setor sucroenergético nacional, que exige mudanças para se manter na atividade. Segundo ele, o novo ciclo de crescimento da produção dependerá de dois elementos fundamentais: manutenção do esforço do setor privado, visando novos ganhos de eficiência e produtividade; e ambiente regulatório estável e políticas públicas consistentes. “Entre as ameaças que podem abalar o setor, destaco o preço do petróleo, política externa e vilanização do açúcar, novos rótulos, carro elétricos e produção de etanol de milho.”
Mizutani salientou que, uma vez que o preço do açúcar e do etanol passou a ser vinculado ao valor do barril de petróleo e a Petrobras segue o que dita o mercado, o segmento canavieiro precisa se adaptar e acompanhar este movimento. “Precisamos que haja modernização na forma de gerir a atividade, com foco em inovações tecnológicas, inclusive, com abertura para as soluções apresentadas pelas startups.”
Para o executivo, é fundamental reduzir o endividamento do setor, pois as dívidas impedem os gestores de realizarem o que é melhor para a empresa. “Um claro exemplo disso é a cana que não é colhida na época certa – quando apresenta todo o seu potencial -, mas no período determinado para atender o fluxo de caixa.”
A Usina Cevasa, de Patrocínio Paulista, SP, apresentou, por intermédio da gerente de gestão de desempenho, qualidade agroindustrial, parceria e desenvolvimento de cana da empresa, Natalia Zanon, suas estratégias ganha-ganha com fornecedores. Ela explicou que o modelo do projeto visa fazer com que ambos os lados – fornecedor e empresa – ganhem com a adoção de melhores práticas de cultivo por parte dos produtores rurais.
“Se o fornecedor cumprir com algumas exigências, ele ganha diversos bônus. Uma delas é a aderência ao plano diretor varietal montado pela usina no início da safra e que tenta mostrar ao agricultor o que ele perde caso não siga o ciclo de maturação das variedades ou não faça renovação do canavial.”
Outro bônus possível de ser obtido é relacionado à entrega linear ao longo da safra. Caso o fornecedor atinja a quota combinada junto à usina, com tolerância de 10% a mais ou a menos, ele será gratificado. A qualidade da matéria prima também pode ser uma fonte de renda extra. Neste caso, o produtor tem que abastecer a indústria com cana de qualidade seguindo os critérios de limites de impurezas vegetais e minerais pré-estabelecidos pela usina no início de cada safra. “No final, se o fornecedor cumprir com todas as exigências, ele consegue um bônus extra no final do ciclo.”
Ao que parece, a adoção da estratégia rendeu bons resultados. Comparando a safra atual com a anterior, houve 29% menos perdas na colheita, aumento de 28% no RMC e das horas/homem trabalhadas em 600% e redução do turnover em 26% e do custo de CCT em 13%.
Natália falou, ainda, sobre a relação ganha-ganha com os colaboradores. “De nada adianta ter melhoria da qualidade do canavial, se não tiver uma equipe que performe bem naquele espaço. Por conta disso, esse programa refere-se à partilha de resultados com base na superação das metas definidas.”
Por fim, Ian Erhad Dobereiner, diretor agroindustrial da Raízen, e Dib Nunes Jr., diretor do Grupo IDEA, dividiram o palco para dar suas visões – do produtor e do consultor, respectivamente – sobre as mudanças de rumos na produção de cana-de-açúcar.
Dobereiner apresentou algumas atividades adotadas nos últimos dois anos e meio no Grupo que permitiram essa mudança de rumo na produção de cana. Algumas das estratégias adotadas incluem: fila única de transbordo; Certificado Digital da Cana (CDC); aplicativo águia nos celulares dos gestores agrícolas; sistema eficiente de combate a incêndios; torre de comando gerindo 100% das atividades do Grupo; redução do número de oficinas de 18 para seis; diminuição das parcerias com transportadores, que caíram de 216 para apenas oito; e alteração nas manutenções de entressafra, que passarão a ser feitas durante o ciclo. “A adoção desses métodos possibilitaram uma redução de 30% no custo agrícola, de 600 equipamentos e de seis mil pessoas.”
Dobereiner falou ainda sobre produtividade. De acordo com ele, a Raízen espera através do programa MAXCANA produzir 8,6 milhões de toneladas de cana a mais no mesmo território. “Reuniremos diversas atitudes que visam verticalizar nossa produção, o que inclui renovação dos canaviais, meiosi, cana-energia e irrigação.”
Logo no início de sua fala, Dib Nunes afirmou que o setor só irá sobreviver se “tivermos produtividade e teor de sacarose”. Ele apontou algumas das principais causas dos baixos rendimentos: o setor expandiu a sua produção rapidamente a partir de 2004 a 2009; a mão de obra se tornou ruim, escassa e problemática; a queima da cana foi gradativamente eliminada, fazendo com que houvesse obrigatória e rápida expansão da colheita mecanizada sem a devida preparação de mão de obra, sistematização dos canaviais, infraestrutura de apoio e gestão; houve uma explosão do plantio mecanizado, também sem a devida preparação; e as crises de preços do etanol e internacional do açúcar que duraram seis longos anos. “A somatória disso tudo abalou os investimentos nos canaviais.”
Dib explicou que, com a crise, as usinas tomaram algumas atitudes equivocadas, como redução dos tratos culturais e plantio; extrativismo; corte indiscriminado de gastos; não pagamento dos fornecedores, arrendamentos, banco e terceirizados e o não recolhimento de impostos. “Na verdade, as atitudes corretas seriam: aprimoramento da gestão; renegociamento de dívidas e contratos; redução de horas extras e desperdícios; capacitação dos colaboradores e melhoria das operações agrícolas.”
Por fim, o diretor do Grupo IDEA ressaltou que é possível recuperar o TCH e o ATR. “Temos várias formas técnicas e procedimentos para ganhar produtividade, ATR e reduzir custos. Entretanto, para implantar um programa de ganhos contínuos, devemos antes de tudo fazer o seguinte: um detalhado check-up da situação, selecionar com cuidados os principais pontos a serem atacados e apurar quais tecnologias e investimentos são necessários. Depois disso, temos que implantar um plano de ação com metas e prazos a serem atingidos, motivar e comprometer a diretoria e a sua equipe, capacitar pessoas, investir nos canaviais e checar constantemente os resultados obtidos e cobrar.”
Novas tecnologias que melhoram a produtividade e reduzem custos
As tecnologias eficientes, utilizadas de maneira adequada, também são aliadas importantes da redução de custos, porque contribuem, de maneira significativa, para a melhoria da eficiência operacional e o aumento da produtividade. Exemplos de benefícios proporcionados por tecnologias de ponta puderam ser acompanhados nas palestras durante os dois dias de evento.
A Koppert do Brasil falou sobre os impactos da nova geração de biológicos na produtividade do setor canavieiro. Entre as soluções apresentadas pela empresa, destacam-se o Metarril, primeiro inseticida microbiológico registrado para o Brasil, cujo alvo é a cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata); e o Boveril, inseticida microbiológico para o controle de Mosca branca (Bemisia tabaci), Broca do café (Hypothenemus hampei), Ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e Gorgulho do eucalipto (Gonipterus scutellatus).
Já os diversos benefícios proporcionados pelo plantio da variedade de cana transgênica CTC20BT, resistente à praga mais relevante da cultura – a broca da cana (Diatraea sacharalis) – foram abordados pela equipe do CTC. Essa variedade geneticamente modificada – a primeira do mundo – promete proporcionar ganhos financeiros significativos para usinas e produtores, já que a broca causa prejuízo de R$ 5 bilhões por safra. A eficiência da cana transgênica nas primeiras áreas avaliadas obteve um índice de 98,5%.
A startup MVSIA, grande campeã da primeira edição do Prêmio INOVACANA, apresentou sua seletora automática de Mudas Pré-Brotadas (MPB), uma solução que apresenta grande potencial para elevar a eficiência operacional e aumentar a produtividade na cultura da cana. Essa tecnologia pode criar condições para que o sistema MPB proporcione ainda mais benefícios para a cana-de-açúcar, resolvendo um dos seus principais gargalos: a separação de mudas de má qualidade.
A Syngenta abordou o SmartBio, software que promete revolucionar o manejo de pragas e doenças da cana-de-açúcar. O sistema, através da análise do banco de dados de cada usina, cruzando fatores de susceptibilidade as pragas e doenças, como variedade, clima, fertilidade e histórico de cada talhão, entrega mapas de favorabilidade que indicarão, com alto grau de confiabilidade, onde e quando haverá infestações de determinadas pragas e doenças.
Já o pesquisador da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Gaspar Korndorfer, falou sobre as tecnologias e desafios da nutrição da cana. Segundo ele, existem algumas práticas essenciais relacionadas com a nutrição da cana que podem ser utilizadas visando atingir altas produtividades. São elas: aplicação de calcário em profundidade e no sulco; gesagem; silicatagem; uso de resíduos, como composto, vinhaça e cinzas; uso de cama de frango/confinamento; uso de micronutrientes via solo e foliar; adubação foliar para produção de biomassa e/ou açúcar; adubos organominerais e adubos de liberação controlada.
O pesquisador falou ainda sobre bioestimulantes, que atuam em nível de DNA e RNA controlando a atividade genética, amplificando, promovendo ou inibindo processos fisiológicos da planta. “O uso de bioestimulantes pode aumentar a eficiência do manejo nutricional e reduzir o uso de insumos. Por conta disso, é possível baratear os custos de produção, que em cana são muito elevados.” Segundo Korndorfer, existe uma grande diferença entre as variedades de cana em relação à resposta ao uso de bioestimulantes. Além disso, o comportamento deles depende da dosagem, época de aplicação e tipo de mistura, volume de calda, PH da calda e tempo de permanência sobre o tolete ou folha. “Recomendo fazer uso dos bioestimulantes especialmente nos períodos de baixas temperaturas e umidade do solo.”
Em seguida, a Arysta LifeScience subiu ao palco para falar sobre seu fisioativador: o Biozyme. O produto, de origem natural, contém nutrientes que participam e promovem a produção dos principais hormônios do crescimento vegetal (citocininas, auxinas e giberelinas). O produto entrega rápida brotação das gemas e alto desenvolvimento radicular e perfilhamento.
Por sua vez, a UnionAgro apresentou sua linha de fertilizantes foliares, com destaque para o NutryGran . Os produtos da empresa possuem alta absorção, estabilidade e desempenho, reagindo rapidamente até nas condições menos favoráveis. O resultado é aumento de resultados e ampliação dos lucros.
A Biosoja apresentou sua linha de biofertilizantes, com destaque para o Bioenergy, um fertilizante fluido organomineral, contendo extratos de algas marinhas marrons e aditivos. Em função de sua ação sistêmica nas plantas, as aplicações nas folhas da cana em baixas concentrações proporcionam benefícios em toda a planta, inclusive no sistema radicular.
A Fertiláqua apresentou sua linha Longevus, que tem como objetivo principal auxiliar na revitalização do solo para o plantio de cana-de-açúcar com produtos que atuam na melhoria da qualidade do solo e estimulam a fisiologia da planta, buscando ampliar o número de cortes do canavial tratado, contribuindo para maior produtividade e longevidade. A palestra da empresa foi aberta pelo pesquisador da ESALQ-USP, Fernando Dini Andreote, que falou sobre revitalização de solos na cultura da cana.
A Bayer CropScience anunciou seu mais novo serviço: SureCane. Quem adquirir o pacote, irá receber da multinacional sua área comercial pronta para o uso. A proposta é trabalhar as etapas de plantio com uma praticidade muito grande, reduzindo as operações para o produtor ou usina e gerando alta lucratividade desde o início até o final da operação. No comparativo SureCane x sistema de plantio convencional com toletes, foi registrado um aumento de produtividade de 14% no primeiro corte. O serviço ainda está em fase de registro e deve ser lançado oficialmente no próximo ano.
A Netafim falou sobre seus projetos de irrigação por gotejamento. O sistema é de fácil utilização e acessível desde o pequeno produtor até o grande. Com longa durabilidade, visa garantir rentabilidade e eficiência operacional do canavial com aumento de produtividade, que pode chegar a até 50%.
A Herbicat apresentou o HerbiPlus G3S, um pulverizador desenvolvido com características ideais para as condições topográficas dos canaviais brasileiros. Possui pêndulo hidráulico, o que proporciona maior estabilidade nas barras, realizando um trabalho com qualidade nas aplicações de herbicida. O engenheiro agrônomo da empresa, Luís César Pio, falou ainda sobre a importância do momento da aplicação de herbicidas e dos gargalos operacionais sobre o custo de produção de cana-de-açúcar.